A
legislação é levantada como outra barreira para o ingresso, porém,
superada a questão orçamentária, é entendido pelas as autoridades
que este não será o maior problema, pois a necessidade da
corporação é muito grande e aprovar um novo concurso ainda levará
tempo e não seria eficiente por parte da administração pública
descartar um concurso que ainda é viável. Vale ressaltar que no
concurso de 2011 já foi utilizado o entendimento de que a lei
12086/09 foi elaborada partindo do princípio de que haveria ingresso
ANUAL, fato este que não aconteceu desde que a referida lei foi
publicada. A partir deste fato, a comissão ainda precisará de muita
articulação POLÍTICA para garantir o aumento dos ingressos por
turma e o preenchimento das vagas em aberto no CBMDF.
Os
aprovados nos quadros complementares e saúde não ficaram de fora
das articulações, afinal a Comissão está trabalhando na
sensibilização de todos os atores envolvidos na tomada de decisão
para que esses quadros sejam preenchidos e AMPLIADOS, pois é
evidente que nenhum quadro Complementar/Saúde está dimensionado
para a atual Corporação. As demandas internas aumentaram nos
últimos anos e tende a aumentar ainda mais com novos ingressos e
ainda, com a modernização da corporação, dos processos e
equipamentos. A necessidade de especialistas capacitados é
crescente, tornando ainda mais importante a convocação de oficiais.
Considerando
os questionamentos recebidos pela comissão por meio das redes
sociais, apresentamos os seguintes esclarecimentos:
Quadros
de CHO complementares e Saúde:
A
corporação necessita muito do ingresso de mais militares dos
quadros complementares e saúde. E com o ingresso de novas turmas
faremos o possível para que hajam turmas de CHO. Os maiores desafios
são as questões de quantitativo nas graduações iniciais da
carreira, pois existem muitas vagas em aberto nas graduações de 1º
tenente e capitão, porém não é possível ocupá-las com ingresso
de novos militares, considerando que o ingresso só ocorre na
graduação de 2º Tenente.
Existe
uma grande dificuldade em tratar dos quadros de CHO, uma vez que cada
área tem peculiaridades e legislação profissional próprias e por
esta razão a comissão vai se dedicar a cada especialidade de forma
individualizada. Assim, poderemos ter o conhecimento exato dos
problemas específicos de cada carreira, avaliar a questão legal e
levantar a real necessidade da corporação no tocante ao cálculo de
efetivo e adequações legais. É de conhecimento de todos que os
atuais quadros não atendem nem ao público interno, nem as demandas
gerenciais da corporação, então os desafios da comissão serão
além de convocar o maior número de profissionais, auxiliar os
gestores no sentido de redimensionar os quadros atendendo requisitos
técnicos específicos de cada área.
Não
é possível afirmar quantos militares serão convocados em cada
especialidade, pois é uma definição técnica do Comando, no
entanto, algumas áreas não contam com nenhum militar atualmente e
outras com número insatisfatório para a demanda da corporação.
Logo, é razoável admitir que em maior parte das áreas serão
convocados mais que 1 (um) militar.
QBMG-03:
Este
quadro é um dos mais prejudicados com relação a efetivo tendo em
vista que o último concurso data de 1994. A comissão está
trabalhando junto às autoridades para viabilizar um ingresso que
possibilite o preenchimento das vagas ociosas no quadro de G3. Vale
ressaltar que em muito pouco tempo todos os militares da ativa
passarão para reserva remunerada. Isso é um enorme prejuízo para o
CBMDF, já que não haverá tempo hábil para que os novos G3 tenham
convívio e a experiência com os militares mais antigos. Tanto o
Comando quanto o governo estão sensíveis e cientes a esta situação
e será feito tudo que for possível para viabilizar este ingresso.
Vale ressaltar que o CBMDF tem toda a disposição em usar de todos
os artifícios jurídicos, dentro da legalidade, para que haja um
ingresso condizente com a necessidade da corporação
QBMG-02:
No
decorrer dos 3 anos e 6 meses aproximadamente, que ainda tem validade
o concurso, a chance de chamar até além dos 400 aprovados é bem
grande tendo em vista que os ingressos não estão suprindo as saídas
e nos próximos 3 anos ainda temos a previsão de grandes saídas,
devido as turmas de 88, 90 e 91 que somam 405 praças de todas as QBM
e ainda 120 militares já contarão com mais de 30 anos de serviço
em 2021.
Vale
ressaltar que os quadros de Condutores estão extremamente defasados
e o impacto da falta de militares nesta função é muito grande,
pois em média um Condutor e Operador de Viaturas viabiliza o
trabalho de 4 militares QBMG-01 e na falta deste profissional, a
viatura fica desativada.
QBMG-01:
O
efetivo de QBMG-01 fixado é de 2350 militares e hoje existem apenas
17 militares nesta graduação. Por ser a maior QBM é simples
verificar que também é a área com maior índice de evasão da
corporação por passagem para a reserva remunerada. Mesmo com o
ingresso de 2 turmas até a presente data, a tendência identificada
é a diminuição de profissionais, tendo em vista que vários
fatores externos têm influenciado a decisão dos militares, tais
como falta de perspectiva de progressão na carreira ou os riscos de
perdas de direitos das indenizações por licenças não gozadas,
caso a lei que trata do teto remuneratório seja aprovado. Devido a
isso, os ingressos mal suprem a quantidade de pedidos de reserva
remunerada.
Novas
turmas:
Os
próximos desafios serão vários para o ingresso de novas turmas
após o cumprimento do edital. Infelizmente, não é possível
afirmar nenhuma data nem os quantitativos de cada turma, porém é
seguro afirmar que entrarão novas turmas durante a vigência do
concurso. Para isso, não existe outra solução senão a articulação
política e a união do grupo. O governo e o CBMDF têm toda a
intenção de viabilizar a convocação de mais militares do que
previsto no edital. O concurso ainda tem 3 anos e seis meses de
vigência, caso seja prorrogado e existem quase 4567 vagas em aberto
na corporação com a projeção de grandes saídas para os próximos
anos.
Atualmente,
as maiores dificuldades no CBMDF para o ingresso de turmas grandes
são duas: espaço físico e instrutores. Ainda vale observar que no
passado o ingresso de um grande número de militares na mesma turma
fez com que o curso de formação fosse muito mais extenso do que o
previsto, logo, primando a qualidade na formação e a viabilidade de
convocar mais militares, o mais indicado seria convocar mais turmas
menores do que uma turma grande. Isto se deve ao fato de que caso a
turma seja grande, tanto a formação pode ser prejudicada quanto a
duração do curso pode aumentar, porque seria necessário dividir o
curso em dois períodos e nem a estrutura física nem a quantidade de
instrutores seria suficiente.
É
viável haver até 3 turmas em um ano, visto que o período de
formação básica tem duração aproximada de 4 meses e os dois
últimos meses são realizados nos grupamentos especializados e no
estágio profissional, porém precisa haver previsão orçamentária.
A questão legal não fica prejudicada. Existe entendimento de que é
razoável que o CBMDF faça ingresso de mais turmas devido a não
realização de concursos nos últimos anos.
Quanto
a probabilidade de realmente haver novas turmas, não é possível
dizer com exatidão, nem gerar falsas expectativas, o que podemos
mostrar são os números. Em 30/05/2018 existiam 2.911 VAGAS
na QBMG-01. Apenas na graduação de SOLDADO são 2.293 vagas
e a média de saída anual de militares tem sido em torno de 200
militares por ano.
Com
as variáveis que surgiram no cenário político, as questões
previdenciárias têm influenciado muito a decisão dos militares no
tocante a passagem para reserva remunerada. O risco da
aprovação da inclusão de indenizações para o cálculo do teto
remuneratório ameaça a percepção de indenizações referente a
licenças não gozadas (Licenças especiais e férias vencidas), fato
que pode gerar uma perda de até 500 mil reais para um militar que
deixa o serviço ativo, aumentando a projeção de vacâncias para os
próximos anos.
Ou
seja, se entrarem duas turmas por ano, nos próximos 3 anos, entrarão
apenas 1300 militares. Com essa média de saídas, o efetivo
aumentaria apenas em cerca de 700 militares. Logo, é possível
concluir que o CBMDF fará todos os esforços para aumentar de fato o
efetivo, pois a situação de efetivo é tão crítica que o CBMDF
chega ao ponto de virtualmente desativar GBM’s, remanejando
militares para outras unidades. Dessa forma, a convocação é
essencial!!! Agora, avaliando os dados cada um pode tirar suas
próprias conclusões.
Tecnicamente,
o ingresso da turma C depende da execução orçamentária do GDF, só
podemos ter uma real expectativa da data de ingresso quando
estivermos mais próximos de outubro ou novembro, já que só neste
período será possível avaliar a execução orçamentária. Além
disso, ainda dependemos da dotação orçamentária de 2019, pois a
maior parte do impacto financeiro será dentro do ano de 2019.
Questões
políticas:
Vale
ressaltar que já existe toda uma articulação e uma rede de
contatos construída no cenário atual. Então, seria mais fácil
manter o grupo político que está no governo agora. No entanto, não
haveria dificuldades em se construir novas alianças em um novo
cenário, porém é possível que percamos tempo precioso em uma
eventual transição. Só trataremos de apoio político a outro
governador no segundo turno, pois teremos esta vantagem estratégica,
de que se não for o atual governo, no segundo turno ficará bem
explícito quem terá mais chances de vencer, então ficará mais
fácil visualizar o cenário.
É
de extrema importância que tenhamos apoio político independente do
resultado das eleições para governo, por isso a escolha dos nomes
tanto para distrital quanto federal.
Ex
secretário de Cidades, Marcos Dantas, tem sido uma das pessoas
mais empenhadas em nossa causa, defendendo a convocação dos
aprovados tanto na esfera técnica quanto política. Logo, será uma
escolha natural da comissão apoiar a quem mais tem nos ajudado.
Ainda não definimos o nome para o cargo de Deputado Distrital,
contudo já está definido que apoiaremos o nome de um militar do
CBMDF com maior chance de ser eleito, porém vamos aguardar as
definições partidárias, pois os militares têm prerrogativa de se
filiar aos partidos apenas nas convenções e posteriormente escolher
nossa candidato.
O
mais importante de todo cenário é que a luta começa de verdade
agora. Após o cumprimento do edital é que as maiores e verdadeiras
conquistas surgirão e para isso precisamos do apoio de todos! Não
vamos deixar idéias contrárias abater o ânimo nos grupos, vamos
verificar as informações e evitar que falsas especulações sejam
disseminadas, e para isso, basta confirmar com a comissão qualquer
boato. Por meio das redes sociais ou contactando qualquer membro mais
ativo da comissão poderemos saber de todos os detalhes e a verdade
sobre qualquer boato que por ventura venha a surgir.
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