PROJETO DE LEI DA CLDF PODE AFETAR DIRETAMENTE NAS CONTRATAÇÕES DE NOVOS BOMBEIROS MILITARES



Um projeto de lei que tramita na Câmara Legislativa do Distrito Federal pode afetar diretamente em futuras contratações de bombeiros militares.
O projeto de lei 556/2011 de autoria do Deputado Wellington Luiz-PMDB enfraquece a atuação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, podendo repercutir  na contratação dos aprovados no concurso em andamento.
O projeto dispõe sobre a implantação de Grupamentos de Bombeiros Civis em parques distritais, ecológicos e unidades de conservação do Distrito Federal, define quantitativos mínimos de bombeiros civis em edificações públicas e privadas como condomínios.  Esta situação pode gerar a falsa sensação de que o Corpo de Bombeiros Militar é menos necessário, então restarão  algumas perguntas:  o grupamento de Bombeiros Civis terá a mesma capacidade de resposta a um incidente como o CBMDF? A iniciativa privada investirá em equipamentos de ponta, como o CBMDF? Bombeiros Civis terão capacitação semelhante às dos militares?
O treinamento inicial de um Bombeiro Militar tem duração média de 1600 horas divididas em cerca de  10 meses em período integral, e depois de formado o militar, profissional de dedicação exclusiva, é submetido a diversos cursos de especialização, e treinamentos constantes durante sua carreira.  Um curso de Bombeiro Civil tem cerca de 300 horas. Logo é razoável se admitir que os dois profissionais não possuem equivalência na atuação em emergências.
Em Santa Catarina existe a atuação de Bombeiros Civis, e basta observar como é a estrutura do Corpo de Bombeiros daquele estado para verificar a diferença das condições de trabalho.  Na capital, os equipamentos são defasados o efetivo de Bombeiros de carreira é extremamente reduzido,  viaturas antigas,  e maior parte dos guarda vidas não são  Bombeiros de carreira.
A lei federal 11.901/2009 criada pelo Deputado Federal Augusto Carvalho (SD/DF), foi o marco inicial desta empreitada, e vem causando mal estar e indignação em todas as corporações de Bombeiros Militares ameaçados pela perda de seus espaços constitucionais, o que já está acontecendo em vários estados do Sul do Brasil.
Caso este projeto de lei seja aprovado no DF - a possibilidade de substituir o Bombeiro Militar por Bombeiro Civil - é possível que se crie margem para a redução de investimentos em efetivo do CBMDF pois haverá uma falsa sensação em relação a necessidade de mais efetivo. O maior prejuízo fica com a população que terá um serviço extremamente crítico na mão da iniciativa privada e ainda pode reduzir de forma artificial a necessidade de nomear aprovados no concurso vigente.
O projeto de lei em discussão no DF que trata da criação dos Grupamentos de Bombeiros Civis, denominação bem semelhante a usada pelo CBMDF: Grupamentos de Bombeiros Militar.
Em Santa Catarina o governo do estado alegou que os custos do Bombeiro Civil são menores em relação ao Bombeiro Militar. Assim, optaram em criar uma lei estadual (Lei Nº 16.157, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2013), que transmite competência para os Bombeiros Civis de vistoria, normas de segurança contra incêndio e fiscalização, o que tira a competência privativa da organização militar, erma falar no contrassenso que colocar empresas privadas para fiscalizar empresas privadas. Se a PL do DF for aprovada, acontecerá a mesma coisa que em SC e provavelmente a prioridade em se nomear novos Bombeiros Militares será menor que no cenário atual.
 Os aprovados no concurso de 2017 do CBMDF já fizeram pedido ao ex-Bombeiro Militar e Distrital Wellington Luiz (PMDB) para a retirada integral do projeto da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Curioso observar que houve parecer favorável da Comissão de Segurança Pública,  que tinha como um de seus integrantes o Deputado Roosevelt Vilela (PSB) ex Bombeiro Militar, que foi favorável ao projeto junto com os deputados Robério Negreiros(PSDB) e Lira(PHS).

Folha de votação em que mostra a posição favorável do Deputado Roosevelt Vilela (PSB)

Atualmente o projeto está na comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa onde o Relator é o Profº Reginaldo Veras, e se aprovado ira para votação em plenário.
Também tivemos a informação que este projeto pode retirar competências do CBMDF, como vistorias, normas de segurança contra incêndio e fiscalização, imposta pela emenda da Deputada Celina Leão madrinha dos brigadistas no DF.

Emenda da Deputada Celina Leão


#JuntosSomosMaisFortes
#RumoAoCBMDF

Por Aprovados CBMDF

Comentários

  1. Vou gravar o nome de cada parlamentar que for a favor deste projeto de lei. Absurdo!

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  2. Não seria de valor integrar estes bombeiro Civis com a atuação em cursos e aperfeiçoamento juntamente com a organização, já que os mêsmos tem como finalidade a segurança pública e privada?

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  3. Isso é pura mentira e balela!! Os empresários que locam mão de obra, nunca...eu disse nunca investirão na formação técnica profissional dos Bombeiros Civis, quanto mais em equipamentos. E outra...as funções são completamente diferente!! Isso é sensacionalismo de quem quer criar celeumas entre as duas categoria. E aí basta se reportar a situação dos vigilantes. Afetam em que a Polícia Militar. Reflitam!!

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